Como o estresse afeta a pele e o cabelo
A máxima: mente sã, corpo são, é real e nós fomos entender quais sinais seu corpo está dando. Entenda como o estresse afeta a pele e o cabelo
12/09/2022
Quem disse que os cuidados com a pele eram fúteis, nunca esteve tão redondamente enganado. Medo, ansiedade e angústia têm desdobramentos sérios na saúde mental, mas o estresse afeta a pele e o cabelo de maneira bem real, para provar que sim: no seu corpo, tudo está conectado e os sinais podem estar aí. Vamos entender como?
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Como o estresse afeta a pele
A psicodermatologia, em resumo, é a área responsável por investigar a relação entre mente e tudo o que abrange a dermatologia – especialmente pele e cabelo. A SBD conta que sim: quando as emoções estão sobrecarregadas, o organismo inteiro sofre com o desequilíbrio e há a inundação do cortisol – o hormônio do estresse – pelo corpo.
A partir daí, a maneira com que o estresse afeta a pele e o sistema imunológico, pode variar, e ir desde a perda de viço, ao aparecimento de espinhas e até a volta de manchinhas já pigmentadas de vitiligo.
Olheiras
Estresse e ansiedade impactam a qualidade do sono. A consequência? Inchaços e até olheiras. Uma fórmula com cafeína pode dar um up, mas não há nada melhor do que um sono legal – nos fins de semana e durante a semana também. “O sono é quando nossos neurônios se recarregam e nosso cérebro se refaz”, diz a dermatologista Ligia Kogos. “Da mesma forma, é o melhor momento para usar cremes que reparam a pele.”
Acne
O estresse também tem desdobramentos na pele. Isso porque o cortisol tem ligação com os hormônios androgênicos e – especialmente em mulheres – isto significa acionar a glândula sebácea. Em números, a SBD conta que a acne por estresse, aparece de 3% a 5% dos casos.
Vitiligo
As manchas já pigmentadas de vitiligo também parecem ter uma relação com o estresse. A Sociedade Brasileira de Dermatologia conta que um estudo realizado em dois grupos de crianças com vitiligo, acompanhou a taxa de cura entre as que tinham acompanhamento psicológico e as que não. Os resultados são bem claros: taxa de cura 80% maior no grupo que se consultava regularmente com uma psicóloga. Demais, né?
Como o estresse afeta o cabelo
O isolamento da pandemia mostrou algumas sobrecargas por estresse. Se aí o desequilíbrio não se manifestou na pele, mas no cabelo, a boa notícia é que essa é uma condição passageira. Mas, os cuidados vão além do visual e fica atento aos gatilhos é fundamental.
Eflúvio telógeno por estresse
Eflúvio telógeno é uma condição temporária, em que o número de folículos pilosos que estão crescendo diminui. Se você passou a mão no cabelo e percebeu um aumento no número de fios em queda, esse é um resultado do eflúvio.
Normalmente, o cabelo tem um padrão de tempo previsível de crescer, cair e crescer novamente. Mas, nos casos de eflúvio telógeno, a regrinha de crescimento pode ficar um pouco prejudicada e o fio que sai do couro cabeludo ainda se afina. A causa não é totalmente compreendida, mas parece haver uma ligação entre estresse crônico e este tipo de queda.
Alopécia areata
Neste tipo de alopécia, são vários os fatores em jogo: desde a genética, até a participação autoimune, mas o emocional, infecções e até grandes momentos de trauma podem agravar o quadro. A evolução desta alopecia não é muito previsível e o cabelo pode voltar a crescer, mas quando cai, a queda é normalmente em falhas circulares e que ficam totalmente sem pelos.
Durante esse período de estresse, um paliativo seriam os produtos que ajudam a combater o afinamento capilar e a perda de fios. Muitos deles agem fortalecendo os folículos capilares. Queda de cabelo é realmente comum quando a ansiedade bate. “Felizmente, o efeito se reverte em tempos mais calmos.”, finaliza Ligia. Por isso, em qualquer um dos casos, não exite em procurar ajuda psicológica, combinado?