Queda de cabelo pós-parto: causas, sintomas e tratamento

Tire todas as suas dúvidas sobre a queda de cabelo pós-parto, das causas ao tratamento, com a dermatologista e expert Luciana Passoni

A queda de cabelo pós-parto é um quadro comum, mas que ainda gera dúvidas. De acordo com a dermatologista Luciana Passoni, muitas mulheres relatam que, no puerpério, seus fios ficaram mais ralos, perderam o volume e até notaram falhas no cabelo. Mas, afinal, por que isso acontece? E como tratar? Aqui, a expert explica isso e muito mais, confira!

Queda de cabelo pós-parto: o que causa? como tratar?

Causas da queda de cabelo pós-parto

Se no pós-parto as mulheres sofrem com problemas capilares, Dra. Luciana explica que antes, durante a gravidez, o quadro é exatamente o oposto, e tudo isso graças às alterações hormonais.

“Na gestação, geralmente, as mulheres não perdem cabelo pois há o aumento da progesterona, hormônio protetor dos cabelos, fora o hormônio do crescimento que está a todo vapor e faz bem para o cabelo. Já no pós-parto há uma queda abrupta da progesterona que pode levar à queda de cabelo”, diz.

Quanto tempo dura a queda de cabelo pós-parto?

Essa queda de cabelo geralmente ocorre três meses após o parto, e além dela, as puérperas também podem sofrer com o afinamento dos fios, sintoma comum da calvície.

“A pessoa vai notar que vê mais o couro cabeludo, que o cabelo perde volume, mas não necessariamente uma queda capilar visível. A densidade de cada fio diminui e isso faz com que tenha uma diminuição no volume capilar”, explica Dra. Luciana.

O que fazer para diminuir a queda de cabelo pós-parto?

Como tratamento para interromper ou retardar a queda e o afinamento dos fios, a dermatologista recomenda um tratamento com ledterapia e medicação, sempre com acompanhamento médico. “Cada caso deve ser analisado individualmente, mas, em geral, o tratamento dura em média seis meses”, afirma a expert.

Os cuidados também devem ser de dentro para fora, já que as células do cabelo precisam de proteínas, além de vitaminas e minerais, para se manterem fortes e saudáveis. 

“É importante que o corpo esteja sempre hidratado e manter uma alimentação rica em biotina (gema de ovo, castanhas), vitamina C (frutas cítricas), ômega 3 (peixes e linhaça), silício orgânico (aveia e leguminosas), leite, abacate, espinafre, batata doce e feijão, por exemplo”, explica Dra. Luciana.

No entanto, vale lembrar que ao notar alguma alteração nos fios ou no couro cabeludo, o ideal é buscar orientação médica para que sejam indicados os tratamentos adequados para cada caso.

Tipos de queda de cabelo

Você sabe diferenciar os tipos de quedas capilares? Alguns dos tipos mais comuns são:

Alopecia androgenética

A “calvície” é caracterizada pela queda de cabelo, especialmente nas partes frontais e coroa do cabelo. Homens são mais acometidos por esse tipo de queda, mas ela também pode ser observada em mulheres. Muito ao contrário do que se pensa, ela é genética – e não depende de alimentação!

Alopecia areata

De origem imunológica, é o tipo de queda que acontece em diversos pontos do couro. Os tufos caem em formato de moeda, criando buracos arredondados, e a origem também é variada, mas está associada a estresse físico e emocional, e alguns distúrbios na tireoide.

Eflúvio telógeno

O eflúvio é o tipo de queda associada ao pós-parto, já que é um evento que acontece intensamente por um período determinado, mas que sim: tem período certo para acabar. É desencadeado por mudanças hormonais repentinas, como a gravidez e até a parada de anticoncepcionais, cirurgias, estresse e até doenças, como a Covid-19.

- Por Letícia Leite