Dietas de verão

Todo ano vem uma nova leva de cardápios que prometem quilos a menos, em pouco tempo. Se você já recomeçou a corrida pelo corpo perfeito, faça a sua aposta!

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Praia à vista

Ter foco, amar-se, parar de reclamar e agir; e imaginar como será diferente a sua vida após a dieta, as roupas lindas que vão servir. Essas são as dicas da nossa blogger para sair do zero direto para a praia, vestindo aquele biquini lindo, sem neurose. “Se você tem um propósito, precisa ter disciplina. Não pode desistir por qualquer coisa, as tentações existem”, aconselha Érika. “As meninas do Instagram sem-pre me perguntam sobre a minha dieta e eu digo que não existe milagre. É reeducação alimentar para a vida toda. As ‘dietas de verão’ são para dar um gás, para motivar. Mas precisa de acompanhamento nutricional e reeducação, sim, para estar sempre pronta para o verão”, explica a blogger. A seguir, a Dra. Francesca Holanda, nutricionsta funcional, apresenta 3 dietas para você escolher a que mais combina com a sua rotina e necessidade e apostar para começar o projeto #LindaNoVerão.

Dieta das cavernas

Batizada de PaleoChic pela nutricionista americana Esther Blum, no livro Cavewoman Don´t Get Fat: Ancient Secrets to Rapid Weight Loss (Mulheres das cavernas não ficam gordas: segredos ancestrais para a perda de peso rápida), a dieta paleolítica tem ganhado vários adeptos.

Entre os exemplos de famosos que seguem essa dieta das cavernas estão o bonitão Matthew McConaughey, Megan Fox , Jessica Biel e Miley Cyrus.

Segundo a nutricionista funcional Francesca Holanda, da clínica Alessandra Haddad, em São Paulo, ela funciona sim. “A dieta se baseia na volta à alimentação primitiva, exclusivamente natural, com muitas carnes magras, frutas, raízes e vegetais.

Ficam de fora os grãos, óleos extraídos de sementes, leguminosas, produtos processados e industrializados, açúcar e glúten”, explica Francesca.

Mesmo assim, todo regime deve ter acompanhamento profissional. Principalmente os que restringem certos grupos alimentares e priorizam outros — e por isso podem causar desequilíbrio na saúde e no bem-estar. Estes devem ser feitas por um período pré-determinado, ok?

Dieta do Mediterrâneo

Em novembro de 2010, a Dieta do Mediterrâneo foi incorporada à lista representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco. Rica em cereais integrais, legumes, hortaliças, frutas, peixes e azeite de oliva, ela inclui ainda o consumo de uma porção de castanhas e de uma taça de vinho tinto, todos os dias.

Tem mais: uma pesquisa recente, a Predemed Plus, mostrou que a dieta, aliada a atividades físicas diárias, reduz doenças cardiovasculares, diabetes, pressão alta, circunferência abdominal e ainda ajuda a perder peso. “A Dieta do Mediterrâneo é composta por alimentos pouco processados e fibras que ativam o funcionamento intestinal e ajudam a controlar o colesterol e o diabetes. Contêm vitaminas, minerais e antioxidantes que bloqueiam reações químicas que desencadeiam tanto doenças quanto o envelhecimento”, diz a endocrinologista Maria Fernanda Barca, de São Paulo.

“Estão incluídas as frutas, legumes, peixes e grãos integrais e, moderadamente, gorduras saudáveis”, acrescenta a nutricionista funcional Francesca. Outro diferencial é o consumo de vinho tinto. Rico em polifenóis, combate aos radicais livres (moléculas relacionadas ao envelhecimento do sistema imunológico) e ao aumento do HDL, podendo também evitar a oxidação das células e a formação de placas de gordura na parte interna dos vasos sanguíneos, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares”, completa o cardiologista Mucio Tavares, do Incor de São Paulo.

Sem falar das oleaginosas (nozes, amêndoa, pistache, castanhas), excelentes fontes de proteínas e possuem ácidos graxos mono e poli-insaturados; as leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha, soja e ervilha), ricas em fibras que ativam o funcionamento intestinal e diminuem a absorção do colesterol e também fazem com que a digestão seja feita mais lentamente, mantendo os níveis de glicose e insulina estáveis no sangue, protegendo contra o diabetes; os cereais integrais (pães, arroz, grãos, massas), carboidratos complexos, ricos em fibras, vitaminas e minerais como as dos complexo B, vitamina E e selênio; fonte de cálcio (sardinha, castanhas, folhas verdes-escuras) e proteínas, que fortalecem a estrutura óssea e os lactobacilos vivos presentes nos iogurtes, equilibram a flora intestinal, combatendo os micro-organismos patogênicos e melhorando a imunidade do organismo; o azeite de oliva, rico em antioxidantes e ácidos graxos monoinsaturados, que ajudam a reduzir o colesterol LDL; peixes e carnes brancas, fontes de proteínas, ferro e minerais, além de conterem ácido graxo ômega 3.

“A perda de peso é evidente com essa dieta, pois a alimentação é rica em compostos antioxidantes e em boas fontes de gordura. Lógico, é preciso adotar um estilo de vida que inclua atividade física regular”, indica Francesca.

Dieta do carbo à noite

Um estudo feito pela Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, mostrou que nesse horário o nutriente sacia e ajuda a emagrecer! Ele analisou dois grupos que fizeram uma dieta de 1500 calorias por dia. Metade consumiu carboidrato apenas durante o dia e a outra incluía também à noite. Ambos eliminaram dez quilos, mas o do pãozinho antes de dormir também evitou os ataques noturnos à geladeira e a vontade louca de comer no outro dia.

O estudo observou o efeito na secreção de dois hormônios: leptina (considerado o hormônio da saciedade) que tem, geralmente, nível alto à noite e baixo de dia; grelina (hormônio da fome) que tem nível baixo à noite e alto de dia. Os resultados indicaram que é interessante o consumo de mais carboidratos à noite, especialmente para aqueles com risco de desenvolverem diabetes e doenças cardiovasculares, devido à obesidade.

Sem falar que o cardápio é indicado para quem sofre para levar a dieta por mais tempo. “Os carboidratos são necessários para a produção de serotonina, que controla a ingestão alimentar e dá sensação de bem-estar. Essa dieta é mais indicada aos comedores compulsivos e a quem fica irritado e descontam na comida.

Pode ser feita por um longo período, sempre dependendo da indicação do nutricionista”, diz Francesca. Ou seja, quem come o nutriente depois do pôr do sol, tem menos fome no dia seguinte.

O carboidrato acalma, diminui a ansiedade, melhora a disposição e ajuda a dormir sem aquele ronco no estômago. Mas não é todo carboidrato que afina e sacia. O segredo está na qualidade do nutriente. “Os melhores são os carboidratos integrais com baixo índice glicêmico, como os legumes (feijões, ervilha), grãos (quinua, amaranto, grão de bico, lentilha), tubérculos (batata doce, inhame, mandioquinha, mandioca), frutas (banana, maçã, pera)”, indica Francesca.

Ou seja, quem come o nutriente depois do pôr do sol, tem menos fome no dia seguinte. O carboidrato acalma, diminui a ansiedade, melhora a disposição e ajuda a dormir sem aquele ronco no estômago. Mas não é todo carboidrato que afina e sacia. O segredo está na qualidade do nutriente.

“Os melhores são os carboidratos integrais com baixo índice glicêmico, como os legumes (feijões, ervilha), grãos (quinua, amaranto, grão de bico, lentilha), tubérculos (batata doce, inhame, mandioquinha, mandioca), frutas (banana, maçã, pera)”, indica Francesca.

- Por Karina Hollo